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A incompetência não é um processo exógeno é endógeno (05/01/2021)

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas


O Fato Sem Politicagem 05/01/2021


A fase que estamos atravessando é nada animadora quando nos dirigimos ao futuro em nave com casco quebrado, bússola emperrada e instrumentos de navegações diversos desregulados, mais ainda, o mar agitado indicando maremoto vindo em nossa direção. O que tem nos assustado não é o fato de estarmos no meio dessa crise sanitária, o planeta terra é vítima solidária dessa crise, é saber que depois dos próximos dois anos o que nos espera e se anuncia parece filme de terror.


Pouca gente parou para observar nossa extrema infelicidade foi elaborarmos uma carta magna, elaborada para um país Presidencialista e Republicano, porém para agradar aos imponderados da matrix da esquerda que fazia parte do colegiado responsável pela sua edição foi infestada de viés socialista, portanto com costumes e lendas bem próximas aos cipoais heterodoxos da tradição cultural brasileira.


O povo inebriado pela possibilidade de redenção deu sustentação política ao grupo que alçava o Poder e por 30 anos fizeram dessa República uma refém dos desejos reprimidos dos seus membros, de tanto fome e gula pelo dinheiro público, sem noção e limites de atuações, se lambuzaram nas searas alheias. Dessa forma e não sabendo distinguir o sabor das uvas e das mamonas, nem mesmo sua forma física, mesmo que icástico, não sobreviveu para saborear os frutos da nova safra e se fez desmilinguido em reação ao seu próprio veneno.


A sequência dessa forra dos bois foi notadamente mais funesta, mesmo o novo grupo não sendo tão depreciativo ao erário e seu entorno robusto, tinha na sua filosofia, ou tem, a macabra tese de rejeição ao que é técnico e cultural, verdadeiro temor ao que possa preservar a vida, luta com todas as forças para negar o que é óbvio, defende com todas as forças a tese do negacionismo, uma simbiose de catástrofe humana e imponderada sensação de viver feliz do povo brasileiro.


Nada mais próximo que pensamentos e ideias distantes, nesse aspecto São Paulo foi privilegiado pela sua capacidade de se superar e os contrastes que lhes conduz, temos um governador em exercício que não há como avaliar, se ele, João Dória, ou o atual presidente da República é o mais resoluto na incompetência para lidar com a coisa pública.


Como ambos não possuem nenhum currículo voltado ao trabalho, sempre enrabichados com cargos públicos, portanto assim como o famoso guru da esquerda universal, nunca sou o que foi pisar em algum piso de fábrica ou como se diz no adágio do populismo, trabalho que justifique sua existência.


Como há uma competição forte e visível entre o governador e o presidente, rivalidade decorrente do espírito de mandatário, nada mais justo que eles briguem pelo cargo maior que lhes proporcione maior visibilidade e brilho social, um que mantê-lo e o outro ocupa-lo, nesse caso a presidência da República. Nessa disputa inglória e inconsequente os deslizes se apresentam em cada geste e atuação de cada um.


O atual presidente se julgando o mito, de todos os milênios, permanece fazendo peripécia para se apresentar ao seu público que o idolatra sem nem mesmo saber qual o significado e a importância de um presidente de uma República Democrática, assim sendo, Bolsonaro se expõe em público sem os equipamentos de proteção, para contenção do Coronavírus, numa verdadeira demonstração de desrespeito aos procedimentos e normas preconizadas até mesmo por setores do seu governo e autoridades médicas e científicas, em escala mundial.


O governador paulista vai mais longe e ausente de qualquer registro de sentimento da sensibilidade humana, nesse momento de extrema agonia que passamos, em gesto de neófito e incapaz, piora a situação dos mais pobres e carentes. Com uma situação financeira desmantelada por corrosão da nossa moeda, pela elevação dos preços correspondentes aos alimentos mais necessários, com a seguinte correlação entre janeiro e novembro/2020, dados do IBGE:


Óleo de soja 94.1%; arroz 69.5%; feijão 40,8%; leite 25%; carnes 13.9%, não satisfeito com esses números funestos, para os mais pobres, o govenador João Doria, com sua invencionice costumeira determina que sejam tributados a partir deste mês, Janeiro/202, em 5.14%, os seguintes produtos: ovos, leite e farinha de mandioca, antes isentos, ainda, suco de laranja e queijos em, 13.3%. Depois não satisfeito com a situação tenta tratar a população como verdadeiros idiotas argumentando que isso não é aumento, apenas voltando com uma cobrança que já era usual.


Nós continuamos em uma escolha de Sofia, qualquer corrente política que venha ser eleita depois de 2022 será no mínimo deplorável, tanto a situação atual, Bolsonarista, como a que possa substituí-la, a oposição com pitadas do Lulopetismo, ambas são extremamente deploráveis para o povo brasileiro, precisamos que surja algo diferenciado, mas que seja para melhor, nada que nos serviu nos últimos 32 anos não nos serve.


Como as duas correntes políticas, mais fortes no momento, estão se aglutinando de forma bem polarizada é de se imaginar que somente um terceiro grupo poderia nos oferecer uma possibilidade melhor para o futuro, como milagre não acontece, ele surge a partir das nossas escolhas, é melhor ficarmos espertos e tentar o mínimo possível daqui para frente, sem tentar fazer apostas no imponderado e imponderável, não temos o direito de continuar errando eternamente.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista






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