


O Fato Sem Politicagem 08/12/2021
Reconhecemos e até louvamos o trabalho por parte do presidente Bolsonaro em enviar ao Congresso Nacional, MP (Medida provisória) para pagamento do benefício do Auxílio Brasil, inicialmente a previsão era de 17 milhões de famílias em condições de recebimento, entretanto, aproximadamente 3,4 milhões vão ficar na fila de espera, sem receber o benefício da transferência de renda do governo federal. Mesmo assim, os beneficiados correspondem ao entorno de 50 milhões de brasileiros.
Enquanto a PEC dos precatórios não tiver um final delineado pela Câmara, o Senado (Legislativo) e o governo (Executivo) essa pendenga continuar os muitos brasileiros, 10 milhões, vão continuar sofrendo na expectativa de ter um pouco de alimento e ter um mínimo de dignidade. Lembrando que os beneficiários que receberão em dezembro serão os que receberam o Auxílio Brasil em novembro último e que eram beneficiários do Bolsa Família.
É preciso ser dito que o valor de R$ 400, por família só será possível com aprovação da PEC dos Precatórios, o valor referendado hoje, ainda é o de R$ 224,41, por família; a diferença desse valor será creditada posteriormente e com efeito retroativo. O governo, juntamente com o Congresso tinha que fazer era ter viabilizado o total de necessitados, com ausência de filas, todos são iguais perante a lei, e se esses têm os atributos solicitados para o benefício é imoral ficarem sem os valores.
Sei que não é fácil de resolver um assunto quando fica envolvido a legalidade ou não, perdemos muito tempo discutindo assuntos menos importante que matar a fome dos mais carentes, com o final do ano a situação fica mais penosa para os que vão ficar privados desse benefício, mormente as famílias com filhos menores e sem nenhum recurso, a impressão que nos é repassada fica denotada a total inércia por parte das autoridades quando o tema é o povo mais carente, o que é vergonhoso.
Enquanto o assunto da fome é debatido em câmera lenta, o mundo capitalista, do qual fazemos parte, hoje, certamente, fará os juros subirem, com a Selic atingindo 9,25%, essa é a previsão do Banco Central, que em nome dos paladinos que lutam para derrotar a inflação fará um choque na economia só comparável ao de 20 anos atrás, ainda no governo do FHC (Fernando Henrique Cardoso) logo após a eleição do Luís Inácio Lula da Silva, numa mostra que juros é cruel e desumano.
Quando se tenta segurar a inflação com o levantamento dos juros, simplesmente você cobre um Santo, mas descobre, ao mesmo tempo, outro Santo; o problema da inflação é represado, porém sobra a sociedade corporativa o dano da maldade, consegue-se paralelamente segurar o consumo, as empresas sem um mercado consumidor ficam empacadas nas vendas, automaticamente, passa ao processo de demissão, aumentando o desemprego, acarretando necessidades ao trabalhador.
Não estamos vislumbrando um começo de ano muito favorável para o Brasil, pois termos um começo sem uma política direcionada para ajudar nossa economia a deslanchar, apenas a promessa de novo Refis não vai resolver o problema dos nossos empresários, essa modalidade, negociação das dívidas com o Estado, só beneficia alguns poucos empreendedores que ficam sempre esperado por essa oportunidade, tirando proveito da situação, avaliando bem, são sempre os mesmos.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista

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