A esbórnia do balacobaco nunca foi do Sargentelli
- Genival Dantas
- 3 de mai. de 2019
- 3 min de leitura

Quando imaginamos abordar temas como dia do trabalho, ou trabalhadores sempre nos veem envolvidos com o ar de conflitos do mundo sindicalista. É verdade que em paralelo o primeiro dia de maio também está afeto. Nesse entrelaçamento remonta ao ano de 1886, cidade de Chicago, EUA, maior parque industrial da época, o primeiro movimento grevista com apelo de redução da carga horária de 13 para 8 horas diárias, 4 horas aos sábados, perfazendo às 44 horas semanais, conhecida como jornada inglesa, sem corte salarial.
Aqui no Brasil as manifestações de greve, bancadas pelos sindicatos, teve seu início com a maior greve da Velha República, em 1917, com êxito somente em 1924, quando além das vantagens obtidas pelos americanos tivemos outros ganhos agregados como a proibição da jornada noturna para mulheres e adolescentes. Porém, a causa operária de São Paulo extensiva ao território Nacional só foi implementada, efetivamente, no primeiro período do Governo Vargas, 1930/1945, com a implantação do salário mínimo (1940) e criação da Justiça do Trabalho (1941), houve uma permuta da menção ao dia primeiro de maio, trocando o dia do trabalho para trabalhador.
De lá para cá muitas coisas ocorreram, benefícios vieram, o Brasil se transforma no País da esperança e do futuro, títulos até hoje perseguidos sem o devido alcance.
Na segunda metade dos anos 1950, com ascensão ao Governo Federal de Juscelino Kubitschek de Oliveira, 1956/1960, “O Plano 50 Anos Em Cinco” deu impulso ao parque indústria brasileiro, transformando o ABC e D, da grande São Paulo, Capital, em polo da indústria automobilística e da tecnologia e eletrônica, com esse novo mercado de produção trabalho e venda, no seu entorno, grande comercio e indústrias de outros segmentos surgiram em conjunto com seus respectivos sindicatos para formação, manutenção e expansão da mão de obra especializada, proporcionando, dessa forma, uma nova política de remuneração e valorização do novo operário que surgia com o crescimento do PIB Nacional.
O Brasil se agigantava, tomamos a dianteira da América do Sul, os Estados da Federação também iam à busca de protagonismo, a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), 1959, e a SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), 1966, desempenharam relevante papel na economia brasileira, na fomentação e estímulo ao ressurgimento de um novo Nordeste e Norte. Agregados estavam BNB (Banco do Nordeste do Brasil), já em operação desde 1952, o Basa (Banco de Desenvolvimento da Amazônia), 1942, como Banco de Crédito da Borracha e a partir de 1966 com a atual denominação.
Depois da turbulência política do Governo Militar, 1964/1985, o Brasil e os sindicatos tomaram novo rumo, agora distante da Democracia plena, com associação da esquerda socialista, ou socialismo científico, correntes dominantes e patrocinadas pelas centrais sindicais e seus coligados, sendo constituído o maior partido político da esquerda brasileira, chegando ao Poder Central, via principal, partido do PT (Partido dos Trabalhadores), com seu maior líder, Luiz Inácio Lula da Silva. Esse cidadão foi eleito Presidente da República, ficando no comando do País de 2003/2011, tendo indicado a sua sucessora, 2011/2016, sendo cassada como Presidente, dando um final infeliz para a história política brasileira.
Todo ganho que o trabalhador teve durante 16 anos de desgoverno petista, não foi suficiente para cobrir os desmandos e falcatruas desse período, por conta de uma malta mentirosa, que em nome do povo, praticou todo tipo de atrocidade e descalabro contra o erário e honra do Brasil, tendo, inclusive, praticado o estupro coletivo na dignidade da nossa Pátria Mãe, verdadeiros incautos da honradez humana. Os sindicatos que patrocinavam com apoio político caíram junto com o Governo, no poço da lama dos desventurados políticos e partidos.
O final de história é, até o momento, temos uma quadrilha formada por um ex-presidente da República, recolhido à prisão junto com ex-ministros, assessores e empresários, com resíduos da corrupção, condenados e proibidos do exercício político, civil e criminalmente, para vergonha daqueles que faziam parte de uma classe e não foram envolvidos na teia de aranha formada para o benefício próprio, quando a finalidade era servir o público, como determina a Lei.
Nesse intervalo, enquanto a Justiça defina o tamanho das culpas e os culpados, em definitivo, o primeiro de maio fica prejudicado, e os verdadeiros trabalhadores honestos e sem máculas ficam pasmos e inertes esperando que essa nuvem negra da nossa história republicana seja realmente passageira e tome o rumo da insolência, e nos proporcione o prazer da ausência desses meliantes incontestes pirrônicos.

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