O Fato Sem Politicagem 04/12/2020
Não é necessário fazer uma avaliação mais pormenorizada para verificarmos a situação de extrema gravidade em que se encontram várias vertentes na nossa República tão maltratada pela dissonante e inconsistente aplicada pela ala política que ora administra o Brasil e pelas mãos dos três Poderes. Entristece-nos muito ao constatarmos o grau de dificuldade que temos na hora de distinguirmos bem as diversas atitudes dos nossos gestores quando procuramos identificar a isenção imparcial de certas autoridades e da maioria dos políticos atuantes.
No Executivo é colocada em prática uma política do menor esforço na administração dos atuais problemas mais cruciais do nosso país. A consequência negativa, decorrente da devastadora administração do atual Governo, só não é una pela existência, anterior, em passado recente e do Governo desastroso e desastrado Lulopetismo.
A ausência de atitudes para coibir a marcha da inflação em direção aos índices mais assustadores provoca sensação de mal estar e instabilidade emocional em todos os brasileiros que já passaram ou não pela fase mais aguda da nossa economia quando os preços eram corrigidos diuturnamente, como uma avassaladora onda de incertezas e devastação.
Mais ainda, a falta de qualquer projeto político e econômico faz do ministro da economia, Paulo Guedes, verdadeiro bobo da corte, sendo ignorado pelo Bolsonaro nas suas atitudes e palavras jogando-o ao chão ao menor desatino ou desaviso, uma peleja incessante para pôs-se de pé em vã filosofia dos oprimidos que se sujeitam a bazófia dos estúrdios.
A fase atual da República tem se mantida em um tripé de associações negativas composto de desastre econômico, já vinha bem antes da pandemia, apenas foi acelerado; naufrágio político provocado pela inabilidade dos atuas atores protagonistas na inexatidão dos argumentos e execuções; da promíscua moralidade existente no manejo com os recursos públicos, desde os financeiros, humanos e naturais, nesse último caso envolvendo nossas commodities e até mesmo a fauna e flora, tão devastadas pelos incautos transgressores das leis da soberania nacional.
No Judiciário, com o Poder e dever de ser o Guardião das leis, se alvorata, mete os pés pelas mãos e se sente verdadeiramente majestoso, sublime além de ser supremo e passar a ser, em muitas situações, além das suas atribuições inerentes ao seu status quo, órgão acusador, investigador e julgador ao mesmo tempo, não ficando bem para nenhum dos Poderes formados pelos triúnviros.
A guardiã das leis, Numa atitude cobiçosa, numa ação colegiada, tenta manter, em julgamento, os atuais presidentes tanto do Senado como da Câmara Federal, David Alcolumbre e Rodrigo Maia, respectivamente, nos seus devidos postos, votando pela reeleição dos cargos mesmo em períodos seguidos, sem intervalo de legislatura, isso assegura a recondução dos dois atuais presidentes a eventual novo mantado, os quatro primeiros votos já asseguram esse direito,
Caso os demais componentes daquela Casa acompanhem os primeiros votantes, em maioria de 6x5, será suficiente para que o assunto fique para ser deliberado pelo próprio Congresso Nacional. Se confirmada essa posição a situação fica cômoda para o STF, não vai precisar intervir em outro Poder e contempla principalmente o Davi Alcolumbre, por ser presidente do Senado e do Congresso tem o Poder de colocar em pauta a cassação de qualquer membro daquela corte, cujos pedidos já existem e estão engavetados.
Na outra ponta fica a própria administração do Congresso numa parceira de interesses que não serve ao Estado, apenas usufruto dos próprios Poderes, verdadeiro conchave político em situação deplorável e humilhante para quem até hoje o STF ostentava o cabedal do altar da Justiça. Para nós os humildes mortais sobra apenas à escolha de Sofia, ou seja, a parceria do STF e Congresso, ou a disputa afora dos mesmos membros da administração contra a presença na concorrência do deputado Arthur Lira (Progressista-AL).
Explicando, o deputado Artur Lira é Líder do Centrão, grupo que apoia o Governo Bolsonaro, por quem o presidente nutre verdadeira esperança de se manter no cargo com apoio desse grupo. Igualmente, vem sendo noticiado pelos jornais e a mídia eletrônica, o mesmo deputado Lira, de ser denunciado pela (PGR) Procuradoria-Geral da República, como chefe de esquema, conhecido como rachadinha, com desviou de R$ 254 mi da Assembleia de Alagoas, entre 2001/2007.
Mais ainda, por algum período ele recebia rendimentos de até R$ 500 mil/mês, decorrentes desse tipo de operação. Chegou o momento de se exigir da classe política algo com mais consistência, seriedade, bom comportamento e caráter, alguns têm se mantido da margem dessa coerência, em verdadeiro desplante.
Se a Justiça, a sociedade civil e o eleitor não contribuírem com a dignidade humana, deixando de eleger elementos recalcitrantes em não se manterem na honradez e nos bons costumes, a canalhice vai continuar mandando na política.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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