A bizarrice política supera qualquer expectativa da plateia (13/08/2021)
Genival Dantas
13 de ago. de 20212 min de leitura
O Fato Sem Politicagem 13/08/2021
Esta semana que se encerra foi movida por muita vaidade pelos plantonistas políticos sustentados pela certeza das suas truculências e mediada pela avareza dos seus sentimentos mais bisonhos. Tivemos uma Câmara Federal ressuscitando o velho conchave das oligarquias bem amparadas na sordidez das longas madrugadas servidas com carnes nobres no churrasco e vinhos envelhecidos por muitas décadas; essa é a fina bossa das apedeutas formais.
A fórmula antiga e perniciosa, quando você vota em José e consegue eleger o João, figuras totalmente desfocadas e sem nenhuma semelhança política, ou ideológica, parece mentira, mas está em andamento, dependendo apenas da aprovação do Senado Federal e deferimento do Executivo para que o bicho de sete cabeças reapareça no nosso cenário nacional; mais um fato corriqueiro para alegria dos líderes que tomaram para si o controle do Governo Central.
O voto com comprovação material foi um assunto que tangenciou o limite da estupefação, mesmo sendo um tema que deveria ser sepultado, pois ele foi vencido no plenário da Câmara, Jair Bolsonaro, o presidente das lucubrações de profundos pensamentos superficiais e de extremo mau gosto quando externado pelo seu criador delimitado pela sua própria saga de incontáveis desejos mórbidos, controlados pelos demais Poderes em atividade na República brasileira.
Enquanto as ideias não condizem com a realidade pura e simples que precisamos para sobreviver nesse mundo de meu Deus, que arde em chamas e em outras regiões brasileiras deixa o gosto amargo na boca de uma escassez de água, por conta de uma crise hídrica que tende a se agravar no Centro Sul e Sudeste brasileiro, em desalinho com as enxurradas, em regiões pontuais, contraste que demonstra que somos desiguais em várias situações, riquezas e pobrezas naturais.
No badalar dos sinos, mesmo sem necessidade e sem ser meia noite de trevas sobre as matas, o que assusta mesmo é a dissimulação dos jocosos que transvestidos de dignos representantes do povo, montam uma CPI da desfaçatez, em sessão protagonizada pelo líder do Executivo, deputado Ricardo Barros (Progressista/PR) irrita senadores, do grupo do G-7, fez muitos deles darem chilique e saírem em disparada da sessão, em verdadeiro vexame, no puxadinho do Senado Federal.
Confesso que não acreditei que aquela cena era real, figuras até ontem, importantes no cenário da política nacional, carcomidos por palavras ditas por um elemento (réu) sob fogo cruzado peremptoriamente sendo levado a concordar com os argumentos dos seus interlocutores, cujo fundamento maior é claramente a condenação do presidente da República, sendo ele culpado, ou não, bastando para isso que se realize o desejo de vingança da esquerda bazofiada.
Com todo tumulto e drama armado pela classe política, nesse campo nada avançou, apenas fanfarrices dos jactantes, que apresenta até credenciais de outros para tirar proveito de um momento mesmo que aquilo venha lhe custar o preço da dignidade, tudo que se diz ser e não o é, tem o cheiro e o jeito de estelionato, nem que seja cultural; isso é passível de ser acusado por crime, mas o que é um crime para quem faz parte de uma corja. Coitado dos políticos ainda honestos nesse Brasil.
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