Velhos vícios, trapos remendados 05/06/2024
No mundo capitalista uma das formas de ter o mercado competidor é exatamente a concorrência leal e pontual, quando isso não ocorre temos a possibilidade de formação de cartel, quando esse fato ocorre quem pagará a conta será exatamente o consumidor final, e é inerente a todos os segmentos da economia, com a mesma gravidade tanto para o pequeno quanto para o grande consumidor.
Em vários momentos temos verificado determinados setores se agrupando, com empresas maiores assumindo o controle acionário das menores, muitas vezes grandes empresas sendo incorporadas por conglomerados, restringindo a oferta de materiais, e ou produtos, encarecendo toda linha de produção cujo resultado final é exatamente mais custos e menos benefícios para aquele determinado setor.
Na indústria essa tendência é mais verificada quando os fornecedores necessitam de maiores investimentos e a produção é direcionada para um segmento mais restrito cujo consumo se restringe especificamente ao desenvolvimento de uma linha sem aplicação em outros setores paralelos, praticamente tendo uma demanda já especificada e aferida em pesquisa de mercado previamente estudada.
Essa formação de cartel é sobejamente sabido que é proibido, entretanto essa prática é usualmente praticada, temos visto que, principalmente no ramo do varejo supermercadista, muitas vezes quando há a compra de um grupo por outro, vem sempre a informação que o fechamento do negócio tem que esperar a autorização do setor competente, do governo, para a efetivação da negociação.
Em qualquer situação o consumidor final fica sem poder de barganha, alterando, fundamentalmente, todo processo de compra e venda, o mercado passa a ser vendedor e não mais comprador, nesse caso efetivo o cliente não tem a quem recorrer, a única solução, quando se trata de indústria de transformação, é embutir em seus custos esse adicional e repassar ao mercado, provocando a famosa inflação.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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