Quando o novo amanhã chegar, ele chegará com certeza, teremos pela frente uma realidade diferente daquela que deixamos no começo do ano, antes da pandemia do Coronavírus. Lá no marco zero, o Brasil passava por um momento de acomodação, depois de um ano de novo governo, muitas propostas e pouca efetividade, de novidade apenas o isolamento da corrupção dentro da nova administração pública federal, o resto ficou por conta de um desenho superado, esboçado pelos mesmos velhos políticos, viciados em manobras nada republicas e recheadas de antigas práticas que persistiam em retornar ao antigo mapa dos descalabros.
Dizer manifestamente que o Presidente Bolsonaro tinha segurado até então a ânsia dos mais persistentes algozes da República, é fato, entretanto, vociferar aos quatro cantos que o passado estava insepulto também era real, havia uma realidade a caminho de práticas antigas, o Executivo, por seu comportamento transloucado, nada conseguindo de objetivo para tocar seu projeto, ninguém sabia ao certo qual era o começo, meio e fim, foi ficando sem meios políticos de atuar com verdadeira governabilidade e aos poucos foi cedendo espaço aos outros Poderes, quando o Legislativo passou a executar e o Judiciário entrou na seara da legislação.
A pandemia do Coronavírus serviu de rebento para o Executivo, aquilo que já estava ruim piorou e o crédito que ainda existia junto à população foi minguando, seus aliados se dispersaram, mas o pior, suas atitudes desestruturadas e desestruturantes foram se transformando em teoremas da empáfia. A premência de ações rápidas e objetivas foi se acumulando, a paciência da população se esgotando, as iniciativas retardadas tergiversavam a platitude da bestialidade.
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