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É o Brasil em busca do seu protagonismo mundial (06/10/2021)

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas





O Fato Sem Politicagem 04/10/2021


Inicio o texto de hoje fazendo alusão a uma propaganda, na mídia, do Banco Santander, “Agronegócio sem sustentabilidade é um pensamento que se sustenta”. Como milito dentro do espaço midiático tenho o hábito de reler e reler as propagandas mais inteligentes e voltadas para o momento presente, o agronegócio é sem dúvida um tema que nunca saiu de moda no Brasil e agora ele se m mantém em alta pela sua importância dentro da nossa conjuntura econômica.


O mercado do agronegócio vem sempre acompanhado da tese do mercado sustentável, agropecuária responsável e consciente, não só pela importância dada pelo homem do campo como pelos mercados paralelos e vivem no entorno do seu sucesso ou não. O brasileiro interiorano, assim como eu, nasceu ou foi levado muito cedo para do mundo rural para o urbano, ainda muito cedo, para seu desenvolvimento cultural e manter uma aproximação com a sociedade mais desenvolvida.


Tínhamos uma tendência de achar que apenas o homem conhecedor das letras era desenvolvido, ledo engano; conheci muitas pessoas oriundas do campo, de raciocínio rápido e de inteligência mediana, ou acima dela, que não deixava nada a desejar aos homens que vivem no seu tumultuado mundo urbano, longe da harmonia e do prazer de conviver com a natureza em plena singeleza e incutida entre o som do vento, da correnteza dos riachos e o tremular das folhas em seus galhos.


Desde 1966 os países industrializados iniciaram um trabalho no sentido de minimizar o impacto negativo do estrago que estavam fazendo ao meio ambiente, com poluição dos rios, destruição de florestas, incidência de chuvas ácidas, agravamento da poluição atmosférica, principalmente nas grandes cidades, desaparecimento de lagos e escassez de águas em rios, com agravamento no fornecimento desse líquido tão precioso para a sobrevivência do mundo animal e vegetal.


A sociedade foi se agrupando em torno de uma política industrial com preocupação nunca vista antes e com movimentos de proteção ao meio ambiente, começando a formatar, desde então, uma nova mentalidade industrial. Muitos debates ocorreram para aprofundamento do tema da conservação do meio ambiente com uma política desenvolvimentista sustentável. Mas, foi em 1966 que o cientista esc9ocês Alexander King e o industrial italiano Aurélio Peccei deram o grande passo.


Fizeram um relatório confeccionado pelo Clube de Roma (grupo de pessoas preocupadas com o assunto se reuniu para debater o Meio Ambiente e os Limites do Crescimento) a marca definitiva desse relatório foi o embasamento feito nas quatro principais questões à época: controle do crescimento populacional, controle do crescimento industrial, insuficiência da produção de alimentos, e o esgotamento dos recursos naturais, dentre eles a escassez da água.


Até início dos anos 1970 tínhamos uma ideia absurda, que o meio ambiente era formado por fontes inesgotáveis de recursos, portanto, de uso infinito. A mentalidade antropocêntrica foi aos poucos se desfazendo na proporção que o mundo científico e tecnológico avançava; em 1972, contando com 113 países e diversas Organizações Internacionais, ONGs, Jornalistas especializados na matéria e pesquisadores científicos, realizaram a Conferência de Estocolmo, na Suécia.


Foi nesse evento que as mudanças afloraram, mas definitivamente, em 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, a ECO-92, depois de 20 anos (Estocolmo) com favorecimento do ambiente político internacional recomendando a aplicação da Comissão Brundtland, considerada, até então, de maior sucesso e repercussão. Corroborando com a tese que o Brasil é um parceiro fundamental nesse processo de ajuste ambiental, somos considerados peça principal na COP 26.


Estamos atravessando uma fase muito negativa aos olhos do mundo verdadeiro pária pela nossa total incompetência em administrar nossos recursos naturais. Estamos sendo tragados pela total ausência de comando do Governo Federa, pela usura dos empresários exploradores de madeiras e alguns agropecuaristas desonestos que transgredindo as leis, derrubam as matas proibidas, para criação de gado e plantações de grãos, com a vista grossa do próprio Governo Bolsonaro.


Ainda bem que temos o evento (COP 26) em Glasgow, Escócia, entre 31 deste mês e 12 de novembro próximo, mesmo com a inércia e a participação quase que pálida do Ministério do Meio Ambiente, os Governos Estaduais, na sua maioria, adesão de 14 ou 15 Estados, se farão presentes naquele evento quando será discutido plano para o futuro coma a manutenção e replantação de matas destruídas pelo homem.


Esperamos que prevaleça o bom senso, nas narrativas ali apresentadas, projetos para o futuro e que o nosso país venha a ser solicitado a devolver nossas riquezas, surrupiado da natureza, em gestões fraudulentas e que o próprio povo brasileiro adote a política do prestígio aos empresários que trabalham com a preocupação da conservação do meio ambiente e os deputados aprovem o projeto, já em andamento, criando sistema de compensação de emissão de gases de efeito estufa.


Essa participação dos Governos Estaduais será significante na proporção que temos um Governo Federal total ausente das causas nacionais, eles poderão defender o Estado brasileiro, em busca, inclusive, de recursos, junto aos países mais ricos e que defendem a causa do meio ambiente, para que possamos montar uma força tarefa, de fato e de direito, na Amazônia e no nosso Pantanal, tão judiados ultimamente, pelos que nada fazem, até desfazem, do nosso solo brasileiro.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista









 
 
 

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