O Fato Sem Politicagem 13/11/2020
Depois de tantas lambanças, desacertos e desencontros virou sensação comezinha à necessidade que temos de sermos mais seletivos na hora de entrarmos na cabine de votação, dia 15 próximo. Até aqui já fizemos de tudo dentro da República e com os algozes da Democracia.
Desde que a República aqui foi implantada, e faz muito tempo, 1889, depois de um golpe baixo de aproveitadores de plantão, na tomada do Poder pelos pretensos defensores da Democracia Plena, falácia de uma nova casta a serviço de si mesma, enquanto a Pátria, de lá para cá recrudesce em campo minado da hipocrisia dos vassalos políticos da modernidade brasileira tupiniquim.
Tentamos inovar no último pleito, nas eleições gerais e de âmbito Nacional, fizemos uma boa renovação tanto nos Executivos estaduais quanto nas suas respectivas Câmaras, assim como foi feito para o Congresso Nacional, com caras novas e muitos de primeiro mandato.
Até mesmo o Executivo Federal se arejou com nome novo, porém de vícios velho, mesmo vestido de nova era o eleito se embrulhou numa bandeira de slogan sugestivo e conquistador, “o Brasil acima de todos e Deus acima de todos”, pura quimera, sonhos de noites de verão, pesadelos de madrugas invernosas e manhãs escuras, sentidas pelas nuvens carregadas escondendo o sol matinal.
Os novos se entregaram aos caprichos das facilidades que o Poder lhes favorecem, com algumas e raras exceções, o Executivo, Presidente da República se segurando na corda bamba para não ser levado ao muro do impeachment, como foi ocaso de dois governadores em vias de fato nos seus respectivos processos em andamento, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além do retorno à cena política do bloco, dentro do Congresso, tão combatido pelas caras novas e hoje bajulado pela premência que passou a ter no atual momento político.
Estamos em 2020, cenários de muitas contradições e incoerências, os antigos carrascos no país, tanto moral como economicamente, encontram-se perfilados nos pontos de pedidos de votos numa tentativa até covarde de retorna ao Poder, muitos querendo recomeçar por onde iniciaram suas caçadas ao erário público, outros tentando não perder o controle da situação.
As eleições são municipais, tanto para os Executivos quanto para os Legislativos, alguém pode até imaginar que a importância é menor, mas há grande equívoco nesse pensamento, a partir de 1988, a Nova Carata impôs novas condições mais favoráveis os Poderes regionais, com protagonismos reais.
É exatamente aqui no Município e depois no Estado que normalmente começa a formação do caráter político do futuro dirigente ou legislador Federal, na cidade ele passa a tratar de mobilidade urbana, saneamento básico, saúde e educação também fazem parte da sua labuta, mesmo com tarefas divididas e compartilhadas entre Estados e a Federação é aqui que tudo começa.
Por isso da importância de fazermos uma reflexão mais positiva e assertiva na hora de fazermos nossas escolhas. Falar que temos de escolher por qualidades meritórias dos candidatos e não por afinidades pessoais e de grau de parentesco envolvido é no mínimo rezar por alma perdida, e ser redundante.
A maioria dos eleitores já sabe, porém é sempre bom relembrar, vamos evitar reconduzir ou mesmo conduzir alguém que tenha ficha suja, com acusações de desvios de comportamento, tanto civil quanto criminal, primordialmente aqueles que, mesmo em caráter provisório, carregam sobre as pernas e sob as roupas adereços como tornozeleiras eletrônicas, símbolo maior da nova Justiça contra os corruptos e corruptores, não tenha vergonha de ser injusto com os seus concidadãos, sendo justo com os lacaios, renegue os que roubaram a confiança do seu povo em benefício do próprio patrimônio particular.
Não podemos esquecer que perdemos muito tempo dando oportunidades a quem nunca fez por merecer nossa confiança, sejamos, pois, mais conscientes e objetivos agora, precisamos deixar uma sociedade política e administrativa melhor que a recebemos, nosso filhos e netos não merecem passar a vergonha que estamos passando com nossos antepassados e contemporâneos, sempre há tempo para recuperar o tempo perdido e os gestos muitas vezes inconscientes e mal medidos.
Lembre-se que herdamos um regime com vários defeitos na base, se não temos tempo suficiente para mudarmos essa situação de regime e sistema político, litemos menos pela mudança do grau de confiança dos homens que trabalharão no futuro pelos nossos destinos, não repitamos os erros do passando, se assim nos comportarmos estaremos dando uma grande contribuição ao futuro do nosso país, por conseguinte ao nosso povo.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
Comentarios