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Foto do escritorGenival Dantas

À sombra de uma árvore hospitaleira e deslumbrante










O fato sem politicagem 21/09/2022



Hoje, 21 de setembro comemoramos o dia da árvore, certamente o que foi nos ensinado nos nossos primeiros ensinamentos não significava a verdadeira tradução desse pedaço de vida que a natureza forma para levar e continuar vidas sobre o planeta terra. Nunca ela foi tão necessária ao meio ambiente como nesse exato momento em que aqui estamos.


Ela que dá seus frutos para ajuda da cadeia alimentícia, tanto para o próprio homem, como para a maioria dos animais silvestre, sua massa serve como combustível desde o início da descoberta do fogo, até mesmo como matéria prima para vários segmentos industriais, além da sua preciosa madeira o homem se serve dos seus óleos para uso diversificado.


Em decorrência da sua diversificada utilização estamos em processo de destruição das nossas reservas naturais, inicialmente, na tenra idade, pela expansão urbana, na sequência pela larga escala de consumo na indústria. Nessa atividade até criminosa, em determinadas situações, o desmatamento indiscriminado, sem reposição das florestas, chega a ser desumano.


Não podemos esquecer que a prática do desmatamento implica diretamente nas nossas vidas, quando passamos a sentir o efeito negativo do assoreamento dos rios, por conseguinte, erosões, com redução do regime de chuvas e da umidade relativa do ar, nos impondo a desertificação com perda da biodiversidade, com resultados negativos na produção de alimentos.


Exatamente hoje, dia da árvore, tão pouco comentado, exceto no meio escolar, primordialmente aos jovens estudantes, no início da sua educação e instrução escolar. Aqui, em Ribeirão Preto, o dia amanheceu com o céu chorando, cai uma chuva maneira e necessária para apagar a poluição do ar e levar como arraste sobre o solo as impurezas deixadas pelo homem, com a sua ignorância.


Esse choro que desce das nuvens, em forma de pingos, talvez reflita seu sentimento de mágoa pela irracionalidade do homem a tratar a natureza de forma abrupta e desnecessária, sem o mínimo de respeito ao seu próprio habitat, nesse momento lembro-me da minha infância com árvores frutíferas, espalhadas pela pequenina Pombal/PB, e o pequeno sítio do meu avô.


Não posso deixar passar em branco o meu momento atual, exatamente nessa distancia em que me encontro, do meu torrão natal, sinto-me um privilegiado, nessa paragem encontrei, entre tantas outras, uma praça, simplesmente, um convite às reminiscências, trata-se da Praça dos Expedicionários, carinhosamente denominada de Praça do Canhão, uma deferência ao instrumento de guerra ali exposto.


É nessa praça, cinquentenária, há uma árvore, dizer que ela é frondosa é redundância, não sou bom em matemática, mas ela tem um tronco que passa dos 15 metros de diâmetro (É mentira Terta!...rs) sua copa deve ter aproximadamente seus 80 metros, claro pegando de uma ponta que ultrapassa sua calçada e alcança parte do leito carroçável no outro extremo.


Essa árvore merece um capítulo aparte pela sua singeleza que é expressa sua utilização pelos que ali passam ou permanecem para seu descanso de suas caminhadas; é nela que se acomodam pássaros de todas as cores e cantos. Como se trata de uma sombra fresca e com bancos em seu entorno, sou parte dessa comunidade de experientes, “de mamando a caducando” procurando usufruir do deleite que ela proporciona.


Devemos, nesse ponto, referendar a quantidade de aves que frequentam seus galhos, em uma verdadeira sinfonia e bailado, com seus cantos diversificados e cores parecendo até mesmo um arco-íris, tamanha sua beleza; destacam-se os bem-te-vis, tucanos, sabiás, periquitos, maritacas e tantos outros com os mesmos valores para a natureza.


Dentre tantos aposentados, pessoas que trabalham no home Office, senhoras fazendo sua caminhada matinal, a maioria em companhia de seus animais, normalmente cachorros de raças menores, todos demonstrando o verdadeiro zelo que se deve ter com os animais e o ambiente saudável que nos acolhe, no caso uma praça pública, com os devidos cuidados, exceção feita ao piso desnivelado.


Nesse encerramento devo ressaltar a turma do amendoim, aquela citada anteriormente, que eu faço parte: nela temos de tudo, militares da reserva, funcionários públicos aposentados, ex atleta, até campeão nacional, comerciante que passou o bastão para o seu sucessor, professor, profissionais do rádio e comunicação, jornalista, todos os exibidores dos seus feitos enquanto pescadores há ainda os que frequentam esse esporte natural.


Não vou fazer citações nominais, mas têm figuras memoráveis com suas tiradas bem humoradas, apelidos é que não falta, até mesmo na hora de mudar a conversa quando ela fica maçante e tem que mudar a chave, emblemático é o cuidador da praça que já faz parte do nosso grupo, e a marmita coletiva, que esperamos que ela nunca fique azeda, ou deixe de ser apreciada por todos. Isso é um fato.




Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista













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